segunda-feira, 23 de julho de 2007

É barato viciar uma eleição renhida

Um investigador malaio do Institute of Malaysian and International Studies (IKMAS) alertou, recentemente, para os riscos de eleições renhidas poderem se tornar em eleições viciadas, ganhas muito facilmente com a entrada de "eleitores fantasmas". Basta que os "criminosos eleitorais" olhem para os alvos certos, "tal como ladrões olhariam para a casa a [a assaltar] com a segurança mais frágil".


"Se uma localidade é esperada que perca por 500 votos, os criminosos eleitorais apenas precisam de colocar um milhar de eleitores fantasmas para virar a situação", afirmou esse investigador. O seu custo é fácil de estimar, sabendo o preço dos transportes a alugar. ( aqui)

Em Portugal, o sistema é igualmente usado. A comunicação social citou recentemente declarações de políticos locais do PS e PSD criticando-se mutuamente por alugarem autocarros com votantes.

Em parte, essas ocorrências ficam a dever-se à possibilidade de habitar uma localidade e votar noutra. Além disso, é sempre possível "trazer" eleitores de outras localidades e inscrevê-los na localidade que é importante vencer.

Seria possível obter informação que desse uma dimensão dessas práticas. No caso das eleições de 2001 em Lisboa, foi solicitado ao gabinete do ministro da Justiça - que tutela o Arquivo de Identificação de Lisboa - que fornecesse informação sobre quantas pessoas tinham se inscrito em Lisboa nos meses anteriores às eleições autárquicas. Os serviços do gabinete do ministro deste Governo socialista nunca responderam. E a direcção do Arquivo de Identificação recusou-se a responder sem autorização do gabinete do ministro.

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